Organização Mundial de Saúde condena "testes de virgindade"

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou uma nova recomendação para o fim dos "testes de virgindade".
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou uma nova recomendação para o fim dos "testes de virgindade", diz a Associação Human Rights Watch, que pede que medida seja aplicada de imediato.

A recomendação, incluída no manual da OMS de novembro de 2014 "Cuidados com a saúde de mulheres submetidas à violência pelo parceiro íntimo ou violência sexual" declara que os profissionais de saúde não devem aplicar "testes de virgindade".

O manual, refere o comunicado da associação de direitos humanos, "enfatiza o respeito pelo conforto e pelos direitos das mulheres, deixando claro que qualquer exame físico só deve ser conduzido com o consentimento esclarecido da paciente, e deve ser focado em determinar a natureza dos cuidados médicos necessários". E reforça que o teste, usado em alguns países com o fim de provar que uma mulher ou rapariga é virgem, não têm "nenhuma validade científica".

"O manual da OMS reforça a visão amplamente aceita pela comunidade médica de que os 'testes de virgindade' são inúteis", disse Liesl Gerntholtz, diretora para os direitos das mulheres na Human Rights Watch. "As autoridades de saúde em todo o mundo devem pôr fim à prática dos 'testes de virgindade' em todas as ocasiões, além de proibir que profissionais de saúde de perpetuem esta prática discriminatória e degradante", acrescenta a responsável.

No Oriente Médio e no norte da África, as mulheres podem ser submetidas aos "testes de virgindade" em várias circunstâncias, incluindo a pedido de suas famílias. A HRW denunciou no mês passado que as mulheres candidatas a integrar a polícia na Indonésia também são sujeita a estes testes.

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